segunda-feira, 2 de abril de 2012

25

Lembras-te daqueles tempos em que vinhas falar comigo e me chamavas: "jogadora"?! Eu lembro-me.Lembras-te daqueles tempos em que eu te dizia que te levava leite com chocolate à cama e que te lia uma história para adormeceres?! Eu lembro-me. Lembras-te daqueles tempos em que brincávamos um com o outro?! Eu lembro-me. Lembras-te daqueles tempos em que trocávamos palavras meigas um com o outro?! Eu lembro-me. Lembras-te daqueles tempos em que trocávamos mensagens um com o outro?! Eu lembro-me. Lembras-te de quando me pedias para ir ver os teus jogos?! Eu lembro-me. Lembras-te como é que começámos a falar?! Eu lembro-me.Lembras-te de quando me dizias: "eu sei que me amas"?! Eu lembro-me. Sabes do quê é que eu me lembro mais? Da nossa amizade,da nossa cumplicidade,daquilo que andámos a construir durante 3 meses e que foi destruído em apenas fracções de segundos,e eu todos os dias pergunto-me o porquê da nossa amizade ter sido destruída assim desta forma. Se isto foi a consequência de um namoro,preferia mil vezes que ele não tivesse acontecido.
Sinceramente,começo a concordar quando dizem: "um namoro estraga sempre uma amizade",porque foi o que nos aconteceu,namorámos,acabámos e a nossa amizade ficou perdida e esquecida,foi destruída de uma forma bruta e fria. Lamento que tenha sido assim,lamento também falar contigo com sete pedras na mão e com a maior frieza,mas se o faço é porque tu me obrigas a ser assim para contigo,depois de tudo ter acabado criei uma barreira à minha volta que me tornou assim...depois de tudo ter acabado,tornei-me mais fria,tornei-me mais bruta,tornei-me mais sensível,e também perdi as minhas forças. Perdi aquelas forças que me faziam lutar pelo que amava,perdi aquelas forças que me levantavam do chão quando eu estava no fundo,perdi aquelas forças que me ajudavam a enfrentar os dias sem ti,perdi aquelas forças que me ajudavam a enfrentar as saudades como se nada fosse. 
Mas eu estou a escrever este texto,porque tenho uma grande necessidade de libertar tudo o que sinto em relação a ti,desde da saudade até ao ódio. Estou cheia de saudades tuas,nossas e da nossa amizade,tenho saudades daqueles tempos em que sorria cada vez que recebia uma mensagem tua,tenho saudades daqueles tempos em que éramos queridos um para o outro,tenho saudades daqueles tempos em que nos dávamos  bem,tenho saudades daquilo que éramos um com o outro antes de tudo o que aconteceu entre nós existir. Confesso que dia após dia a saudade aumenta,todos os dias lembro-me de ti e daquilo que tínhamos,e a cada dia que passa a saudade bate-me à porta e quando ela bate à porta causa um aperto no meu coração,um aperto que me deixa desconsolada e me faz chorar até mais não. Finjo que acredito quando me dizes que não sentes saudades minhas,e sabes porquê é que eu finjo? Mesmo que me tenhas usado e deitado fora,não consigo acreditar que não sintas nem uma migalha de saudades minhas. Admite que sentes saudades minhas e da nossa amizade,penso que não te irá custar nada e ninguém te irá matar por isso. 
Custa-me saber que só me quiseste comer,custa-me saber que ligavas ao que os outros diziam em relação a mim,porque aposto que me apontavam e me julgavam,e tua caias e ouvias o que os outros diziam,tinhas a cabeça feita. A escolha foi tua,e não minha,eu estou a arcar com as consequências de ter sido burra e tu estás a pagar por tudo o que me estás a fazer e me fizeste-me. Usaste-me,iludiste-me,magoaste-me,desiludiste-me,deixaste-me e viraste-me as costas.
Eu posso sentir saudades durante dias,meses ou até anos,mas tu um dia hás-de entender que erras-te e aí pode ser que seja tarde demais para remediar o erro que cometes-te comigo. 
E a última coisa que te pedi foi uma segunda oportunidade à nossa amizade,mas nem isso tu quiseste dar,podias ter uma das melhores amigas do teu lado,mas neste momento tens uma das piores inimigas,porque apesar de sentir uma enorme saudade da nossa amizade também tenho-te uma grande ódio. Um dia posso-te perdoar,mas nunca vou esquecer tudo aquilo que me fizeste e também nunca vou esquecer aquilo que me fizeste passar. 
A única coisa que tenho tua,é as lembranças,25.

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